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A NECESSIDADE HUMANA POR TROCAS GENUÍNAS

Subi as escadas do meu prédio, feliz e satisfeita com uma sacola em cada mão: uma com espigas de milho e outra com mangas.

Me perguntei: De onde vinha essa felicidade simples e tranquila?


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Estava há poucos minutos com uma amiga. Atualizamos alguns acontecimentos e sentimentos derivados.

Entreguei a ela uma sacolinha com alguns itens, apenas como demonstração de quanto gosto dela. E recebi milho e manga orgânicos, do quintal dos vizinhos dela, sinal de que a generosidade tem longo alcance.

Então, me dei conta dessa nossa necessidade de trocar : sentimentos, afetos, produtos, alimentos, impressões.

Trocando, damos algo de nós, algo que diz sobre nossa vida, nosso cotidiano, nossa esfera de experiência, emocional, material, humana. Recebemos algo do outro, com uma cor, um sabor, uma textura, um sentimento diferente daquele que conhecemos, isso nos enriquece.

Desde tempos imemoriaveis o homem aprendeu que trocar era necessário. Não poderia produzir e fazer tudo que queria, precisava dos outros para ampliar e diversificar seu acesso. Antes da invenção das moedas, do dinheiro, trocávamos com entre nós produtos, alimentos, o conhecido escambo.

A troca do DNA, a mistura dos povos, originou a possibilidade de maior enfrentamento dos desafios ambientais, biológicos e sociais.

A miscigenação apontou que o caminho de unir os diferentes gera maiores possibilidades de adaptação.

Penso que esse gosto tão grande por trocar, pode também ser proveniente dessa experiência arcaica, de que no fundo, sabemos que incorporar o diferente, o que vem do outro, enriquece nossa vida, tornando-a melhor.

 
 
 

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Tão necessário pra esse tempo viver a experiências reais de relacionamentos em alteridade

Patinka
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